O termo carcinoma in situ da mama refere-se a dois tipos de carcinoma que estão contidos somente no interior dos ductos (canal por onde passa o leite até ao mamilo) ou dos lóbulos (parte inicial dos ductos onde é produzido o leite).
Estes dois tipos de carcinoma têm tratamento totalmente diferentes.
O carcinoma lobular in situ é considerado uma lesão de risco para câncer de mama, isto é, não é uma lesão que irá evoluir para carcinoma invasivo, é sim uma lesão que indica probabilidade mais alta de surgir um câncer na mama (10% destas mulheres apresentaram carcinoma de mama em 10 anos após o diagnóstico).
O tratamento mais freqüente destas lesões é o acompanhamento com mastologista três vezes ao ano e uso de drogas que diminuem esta incidência.
O carcinoma ductal in situ é considerado uma lesão precursora, isto é, se deixarmos um pouco na mama, este poderá evoluir para carcinoma invasivo, com grande probabilidade. O tratamento do carcinoma ductal in situ é a retirada total da lesão ou através de mastectomia (quando é muito extenso) ou cirurgia conservadora (quando é menor) seguido de radioterapia.
O planejamento da cirurgia conservadora de um carcinoma in situ necessita de estudos radiológicos com marcação dos limites da cirurgia, que deve ser realizado minuciosamente antes da cirurgia (geralmente realizamoos na véspera).
O carcinoma ductal in situ está se tornando frequente devido ao uso rotineiro da mamografia, que revela sua presença através de microcalcificações agrupadas.
O diagnóstico de carcinoma ductal in situ só pode ser confirmado após a retirada total da lesão. Assim, os diagnósticos desta doença realizada por agulhas (“core” ou “mamotomia” ) não são exatas, pois em cerca de 20% dos casos existe carcinoma invasivo também.
Em metade dos carcinomas invasivos existe carcinoma ductal in situ ao redor dele. O carcinoma ductal in situ, quando bem tratado, alcança quase 100% de cura.
Existem vários tipos de carcinoma ductal in situ ( comedo, cribiforme, papilifero) todos com diversos grau de malignidade. Estas variações provocam poucas mudanças no tratamento.
Tem sido proposto a mudança de nome destas duas lesões, com retirada do termo carcinoma, pois enquanto in situ não podem provocar metástases, nem a morte das pacientes.