Avaliação Geral | Conduta | Probabilidade de câncer |
---|---|---|
Categoria 0 > necessidade de exames adicionais (não conclusivo) | exames adicionais | |
Categoria 1 > negativo | Rotina | |
Categoria 2 > benigno | Rotina | |
Categoria 3 > provavelmente benigno | Seguimento ou punção | 0 a 2% |
Categoria 4 > suspeita para malignidade | BIOPSIA | 2 a 95% |
Categoria 4A > baixa suspeita | biopsia ou raramente seguimento | 2 a 10% |
Categoria 4B > suspeita moderada | BIOPSIA | 10a 50% |
Categoria 4C > alta suspeita | BIOPSIA | 50 a 95% |
Categoria 5 > altamente sugestivo de maligno | BIOPSIA ou cirurgia | 95% |
Categoria 6 > malignidade já comprovada anteriormente | Cirurgia quando indicada |
Quando fazer mamografia?
A mamografia é o método diagnóstico do câncer de mama que utiliza raios-X, sendo atualmente o mais eficaz para a detecção precoce do câncer (desde o início).
Um câncer detectado pela mamografia tem altíssima probabilidade de cura.
A mamografia periódica diminui a mortalidade por câncer de mama, pois permite o diagnóstico de lesões muito pequenas e, com isto, o seu tratamento logo numa fase inicial.
A mamografia deve ser feita anualmente a partir dos quarenta anos, nas mulheres sem histórico familiar de câncer de mama, podendo iniciar mais precoce para as mulheres de risco, iniciando aos trinta e cinco anos ou cerca de dez anos antes do parente de primeiro grau que teve câncer de mama, numa idade mais jovem (antes da menopausa).
A mamografia em mulheres com mamas muito densas (alto teor de glândulas), pode não identificar nódulos em 30% dos casos, por isso, é importante o exame clínico das mamas (realizado pelo especialista), o que é realizado nas visitas periódicas ao seu médico.
No caso de perceber nódulos, mesmo que não visíveis na mamografia, devem ser avaliados e analisados, para afastar o diagnóstico de câncer de mama.
O uso de próteses mamárias pode diminuir a área visível da mamografia em cerca de 30%, retardando o diagnóstico do câncer mamário, sendo às vezes necessário o uso de ressonância magnética, dependendo de cada caso. Somente um especialista é indicado para avaliar a necessidade de cada caso.
Quando for realizar mamografia é necessário seguir alguns conselhos: Não usar talco, cremes, desodorantes nas mamas e nas axilas, para evitar a formação de imagens que possam prejudicar a leitura da mamografia.
É muito importante sempre guardar as mamografias dos últimos quatro anos, para que possamos compará-las e identificar novas variações, avaliando a estabilidade com as imagens anteriores.
Quase totalidade das lesões maligna cresce nitidamente em um ano, mas algumas ficam com imagens parecidas por dois anos, razão pela qual quando comparamos as mamografias realizadas há mais de três anos, temos muita segurança no diagnóstico, evitando assim biópsias desnecessárias.
Muitos relatórios de mamografias utilizam uma sigla de classificação internacional, conhecida como BIRADS, sendo atribuídos números.
Conforme o número do BIRADS, o tipo de lesão e a avaliação do especialista, pode ser que seja necessário apenas um controle mamográfico ou algum tipo de biópsia.
Vou fazer uma punção de mama
A punção de mama pode ser por agulha fina, ou por agulha grossa (tipo core, ou mamotomia).
Podem ser realizadas a mão livre, em caso de nódulos palpáveis, ou guiadas por ultra-sonografia, em caso de nódulos visíveis ao ultra-som, ou guiadas por estereotaxia (raios-x), em caso de nódulos visíveis na mamografia.
Em caso de nódulos visíveis, tanto na mamografia, como na ultra-sonografia, opta-se pela punção guiada pela ultra-sonografia, pela praticidade do método, pelo maior conforto da paciente, estando a mesma com as mamas livres, durante a punção. As punções também podem ser realizadas por ressonância magnética, porem ainda não tao frequente no nosso meio.
No caso das punções guiadas por estereotaxia (raios-x), a paciente poderá ficar sentada ou deitada, dependendo do tipo de aparelho, e a lesão da paciente e radiografada, sendo feito um cálculo estereotáxico (espacial), da localização exata da lesão mamária.
No caso das punções guiadas por ultra-sonografia, a imagem nodular e localizada na ultra-sonografia, assim como todo o trajeto da agulha e acompanhado ao ultra-som. Amostras do nódulo são colhidas durante a punção, que quando realizada por agulha fina, utiliza uma seringa simples de injeção com agulha fina acoplada.
Esta punção é indolor, muito simples e rápida.
Na punção por agulha grossa do tipo core, após anestesia local da pele, retira-se fragmentos da lesão mamária, sendo que apos a retirada da agulha da mama, torna a ser reintroduzida, abordando-se com isto várias posições dentro da lesão.
Na punção por agulha grossa do tipo mamotomia, utiliza-se de uma agulha grossa acoplada a um sistema a vácuo, onde se realizam cortes rotatórios com possibilidade de retirada de toda a lesão, dependendo do tamanho da mesma, e em caso de benignidade da lesão.
Vou fazer consulta ao mastologista
Ao realizar consulta ao mastologista a paciente pode ajudar seu médico levando todos os exames anteriores relacionados à mama. Biópsias e cirurgias são evitadas quando se tem acesso a exames anteriores, assim como o diagnóstico precoce da mama é facilitado quando se faz um exame comparativo.
Se possuir. Lembre-se sempre de trazer os seus exames anteriores para que possa ser feita a comparação.
Se estes exames estiverem por ordem de datas, facilitará o trabalho do seu médico. Seu médico fará perguntas sobre como iniciou seu problema até à causa da sua consulta.
Responda, se possível, indicando as datas dos acontecimentos (não é necessário ser precisa). Procure saber se familiares próximos apresentaram câncer de mama e a idade aproximada de quando surgiu o tumor maligno.
Se a paciente estiver tomando hormônios, procure indicar o nome e o tempo que tomou ou está tomando estes remédios.Cirurgias anteriores devem ser relatadas, indicando também a data e o resultado anátomo patológico.